apesar das vezes que eu completei minha poesia com frases de ódio, das vezes que fiz de minha ironia uma prevalência de cápsula protetora e das vezes que eu tentei agredir quem se quer estivesse do meu lado, usando minhas costas como refugo áspero,
foi o peso da armadura me fez perceber que é tudo isso me faz sentir vazia; esse impulso que me trás sarcasmo, esse medo que me esconde o rosto.
e de la dentro - do oco ao pensamento - me vem a vontade de dizer:

"olha, essa cápsula é bola de salão. estoura."

14 novembro 2011