tenho tanta coisa pra falar que não consigo. me encho os olhos d'água a cada espera tua, a cada vez que leio o teu signo e ele diz que tu tá ligado ao passado, a cada vez que alguém enfia a chave na porta e reconheço que teu toque é outro.
e por que não sai nada, meu deus? devo eu, me carregar contigo? volta pro meu peito, te trás de volta. nenhuma mão encaixa melhor na minha. não aguento buscar em todos um lado teu. o lábio teu. gosto teu; teu cheiro. volta. que é mais fácil uma agulha no palheiro do que achar um virginiano nato como tu. volta - ao menos pra apagar as pegadas da escada -. volta pra dizer que fé é sinônimo de possibilidade. mas volta. que toda vez que anoitece, eu te ouço dizer paradoxos. e me perdoa. [já] que eu me perdoei.
09 outubro 2011